Ou muito me engano ou parece que a situação do mundo piorou bastante desde dezembro de 2012.
Mas tenho testemunhos que corroboram minha opinião.
Acesso os grandes portais de notícias diariamente, e parece que tem havido mais notícias negativas desde o final do ano passado (isso é uma impressão que tenho, as estatísticas podem provar o contrário).
No entanto, ontem mesmo olhei a capa de um jornal porto-alegrense, e não havia uma única notícia positiva na capa; só tinha desgraça.
Principalmente na área política, com algumas famosas PECs contra o Judiciário e
criminosos condenados pelo STF liderando a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Foras os absurdos na Comissão de Direitos Humanos, cujo presidente não citarei em meu blog por respeito a todos que tem um mínimo de bom senso.
A área de segurança também piorou bastante, provada por estatísticas, tanto nas grandes capitais quanto em cidade médias e pequenas: li reportagens a respeito.
Sem falar nos descalabros diários em todos os setores, principalmente em fundamentais como saúde e educação (bilhões e bilhões para copa do mundo - em minúscula mesmo -, e tostões para setores necessitados).
Assim, pra não me estender muito, o que sinto é que estes tempos são muito tristes para se viver.
Principalmente se levarmos em conta que a tecnologia é avançadíssima.
Desta forma, parece que
quanto mais progredimos em tecnologia, mais regredimos em civilização.
Há coisas que nos remetem aos tempos das cavernas, desde os crimes de todos os tipos, principalmente contra a pessoa humana, até os péssimos hábitos de muitos cidadãos (???), como já citei no
artigo anterior, sobre a sujeira causada pelos animais de estimação e que seus donos não limpam, e outros, como condutores de automóveis, que nem preciso descrever muito, basta olhar as estatísticas de acidentes de trânsito (podem reclamar à vontade, mas automóvel só participa de acidente quando tem um - péssimo - condutor atrás do volante; a menos que se trate do acidentado, claro).
Pra variar, há condutores que acham que um simples corredor de garagem é uma pista automobilística.
E pessoas que não entendem que a acústica das edificações brasileiras em geral é péssima, e a música que o vizinho toca bem alto parece que está no meio da nossa sala.
Como já comentei com algumas pessoas, grande parte dos indivíduos residentes em apartamentos vivem neles como se morassem em uma casa de fazenda distando milhares de léguas de qualquer local povoado. E tem alguns que ainda se irritam quando são acordados desse sonho infantil.
Mas por incrível que pareça, não tenho muita disposição de brigar com ninguém por isso, nem levantar bandeira contra nada, nem fazer guerra.
No máximo assino petições criadas por outros contra as insanidades políticas e ambientais, cumpro rigorosamente as leis, fiscalizo o que posso, confiro tudo sempre (troco, contrato, lista de compras, etc, etc, etc), VOTO NULO há mais de dez anos, pois prefiro cometer um suicídio eleitoral a dar voto a quem não merece, e fico pasmo com tanta desonestidade, especialmente da parte de quem mais devia ser honesto, pois são exemplos para uma nação inteira.
Se querem saber mesmo, em resumo: cansei de amar o Brasil.
É um trabalho de Hércules e de Jó amar o Brasil.
E aí você passa 45 anos - ou menos ou mais, cada um com seu tempo - amando esta terra pra chegar ao século XXI e testemunhar que nada mudou, que tudo só piorou e piora a cada dia.
E que todas aquelas promessas alardeadas por este trópicos há 30, 40, 50 anos ou mais, NUNCA foram cumpridas!
[Acabar com o analfabetismo, saúde e educação públicas de qualidade para todos, segurança, alimentação e moradia, por exemplo. Tem pra todos? Não? Mas todos pagam impostos sempre, principalmente ICMS. Há aqueles que sonegam alguns, mas há outros que todos pagam sempre.]
E a cada dia tem mais criminosos condenados e conhecidos dirigindo a nação, e obviamente, mais criminosos cometendo crimes, com a certeza da impunidade mostrada em toda a imprensa diariamente.
E o cidadão - o que é honesto, civilizado, e respeitador das leis - soterrado de insegurança, impostos, carestia, péssimos serviços públicos e toda sorte (???) de azares a lhe perturbar a vida.
Outro dia até pensei em fazer um 'meme' dizendo: "Brasil, não me faz te pegar nojo!", frase conhecida dos gaúchos (a parte do 'não me faz te pegar nojo').
Infelizmente, passei dessa fase. No máximo posso dizer: Brasil, você me fez lhe pegar nojo!
E não tenho vergonha de dizer que se a oportunidade de morar em um país sério aparecer, não a perderei.
Mas ressalto que países como EUA e França não estão na minha lista de países sérios.
Se temos
uma presidente que não tem o respeito nem das mulheres deste país, (sou fã da Luana Piovani, e não é por suas belas pernas; é pela sua mente e coração mesmo, e principalmente por ter a humildade de se reconhecer publicamente como imperfeita), também não vou respeitar um país que quer controlar o uso de armas apoiando clube de caçadores e um presidente que ganha o Nobel da Paz fazendo guerra (é só buscar no google).
Quanto á França, sinto muito, mas meu melhor amigo morreu - desencarnou, melhor dizendo -, em um hospital de lá, tendo recebido um atendimento pior do que o SUS dispensaria aos "degredados filhos de Eva" que são esquecidos em seus leitos por falta de familiares que os cuidem.
Que me desculpem aqueles que pretendiam encontrar aqui um revoltado querendo pegar em armas.
Sinto muito, mas não vou sujar minhas mãos com o sangue sujo dos desonestos. Muito pelo contrário. Quero manter minhas mãos limpas. E minha mente lúcida.
Como dizia meu melhor amigo: o mundo é apenas uma fila comprida em frente ao cemitério. E todos estão nela, saibam disso ou não. Alguns são mais apressados, e vivem furando a fila, e outros preferem métodos de dor mais prolongados, preferindo cometer crimes em grande escala para garantir a vinda do câncer, do Alzheimer, do Parkinson, da demência ou mesmo do suicídio.
Cada caminho é único. E cada um vai chegar ao fim das ilusões deste mundo como puder. Para poder contemplar a Eternidade.
Eu prefiro o caminho que eu mesmo escolhi pra mim agora, o da meditação sobre a eternidade.
Cansei de pensar no futuro; medito sobre a eternidade.
Aliás, vi um filme sobre isso ontem:
A Viagem (Cloud Atlas).
Na verdade, pratico vários tipos de
meditação; a mais regular é a
meditação física conhecida como Zen Budo.
Quem quiser um caminho mais rápido, ou mais ativo, ou mais virulento ou violento, cada um que o faça, e que se responsabilize por ele. Eu me responsabilizo apenas pelo meu, e já é bastante.
Isso se chama livre arbítrio.
Se você teve a paciência de ler até aqui, muito obrigado por ler este desabafo. Não pretendo fazer revolução nem tentar mudar a mentalidade de um país inteiro. Isso já foi feito abundantemente no século XX e não adiantou muito. Como dizia o Einstein, loucura é fazer as mesmas coisas e esperar resultado diferente. Tem que haver um caminho diferente.
Se não, obrigado de qualquer modo. Gosto da internet por isso: eu publico o que eu quiser, e o leitor lê o que ele quiser, até onde ele quiser. Sem ter ninguém torrando a paciência.