Outro dia, à tardinha, passei pela Av. Ipiranga, em Porto Alegre, em direção ao Shopping Praia de Belas, e fui olhando a famigerada ciclovia dessa avenida, que fica no trecho entre uma das vias da avenida, que tem a poluição dos automóveis, e o Riacho Dilúvio, que enche as narinas e os pulmões dos ciclistas com aquele ar contaminado de odores indescritíveis.
Aliás, não sei como os ciclistas - não muitos, é verdade - conseguem pedalar por ali.
Mas, como tudo que há de ruim pode ser piorado pela infinita criatividade humana, comecei a perceber que há vãos ao lado das árvores que existem às margens do riacho.
E pensei comigo: o que aconteceria se um ciclista, perturbado pela poluição sonora e atmosférica do trânsito constante da Av. Ipiranga, perdesse o equilíbrio diante de um desses vãos?
Ele se esborracharia barranco abaixo e cairia de boca na merda que boia na águas pútridas do riacho, obviamente.
Acha que não?
Olha como é o leito do Riacho Dilúvio próximo a esse trecho.
Veja essas imagens e raciocine (se há uma razão ambiental para não colocar proteção para o ciclista nesses espaços, para proteger as árvores, por que construir uma ciclovia nesse local?
Nem vou falar mais - o que realmente penso disso -, para não ser processado depois por causa de uma merda dessas; deixo que as imagens falem por si.):