Sinceramente, eu não entendo como é que sites renomados postam vídeos e áudios de aberrações e bizarrices na internet, e o pior de tudo: quando se trata de material contendo cenas de execução de pessoas (caso de um cara que foi filmado assassinando a ex-namorada, ou de assaltantes atirando em clientes ou funcionários de lojas) ou choros ou lamentos de outras, como foi o caso da mãe de uma atriz que morreu recentemente nos Estados Unidos, e postaram o áudio do desespero dela diante da morte da filha.
Eu não vi nenhum desses vídeos, não ouvi nenhum dos áudios, e nem vou fazer esse tipo de coisa. A minha compreensão é muito restrita nesse aspecto da humanidade, que é ter a curiosidade mórbida de assistir à morte de alguém. Certamente devo ter algum trauma relacionado à minha própria morte, nesta ou em alguma outra vida.
Podem até me dizer que eu vejo isso em filmes, mas todos sabemos que no filme não é real, é só uma encenação, e por mais chocante que seja, a gente sabe que não é verdade.
Ou pode ser mesmo pelos meus traumas de infância, de ter me chocado indo a velórios quando eu era uma criança bem pequena. Mas que é algo doentio perder tempo com isso, é. E certamente esses sites só publicam esse tipo de material porque sabem que uma parte de seu público vai apreciar.
Ou, pelo contrário, esses sites podem estar perdendo visitantes, e aí apelam pra qualquer absurdo! Não devem se lembrar de uma regra básica em internet: o conteúdo é rei (content is king)! Mas, infelizmente, cabe a pergunta: rei pra quem?
No entanto, também cabe a ressalva: na internet, a liberdade de escolha é total, pois só lemos o que queremos. O leitor escolhe ficar ou não no site. Embora pareça meio redundante falar em liberdade, é bom lembrar que, diferentemente de outros meios, na internet eu não preciso correr atrás do leitor para mostrar o meu material, pois é o leitor que busca o que quer ler. O escritor apenas disponibiliza os textos e os torna fáceis de serem encontrados. Isso é o que mais gosto na lida com os blogs.