Ontem à noite finalmente assisti ao filme Em Busca da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006), com Will Smith e seu filho Jaden Smith fazendo os papeis principais: Chris Gardner e Christopher.
É a história real de um vendedor de San Francisco que é abandonado pela mulher e precisa arrumar dinheiro para sustentar o filho de cinco anos.
É claro que estou resumindo e deixando todos os detalhes de lado, pois isto pode ser visto no filme.
Como o próprio título diz, o mais impotante na história é a busca da felicidade, foco do personagem, que lembra que isso é tão importante que está na Constituição dos EUA: “Vida, Liberdade e a busca da Felicidade” são direitos inalienáveis do homem.
O filme não tem nenhum glamour: retrata cruamente as situações que Chris Gardner passa depois que é abandonado pela mulher e precisa cuidar do filho, tendo que vender um produto que ninguém quer comprar (um escaner de densidade óssea) e ao mesmo tempo fazer um curso de corretor da bolsa de valores (como estagiário, sem salário).
O problema é que uma série de desgraças vai arrasando a vida de pai e filho: ficam sem teto, tem que dormir em banheiro de metrô, ou abrigos para sem-teto, horários apertadíssimos, cobrança de impostos atrasados, e outros percalços que vão minando a sanidade de Chris.
Mas ele nunca desiste. Enfrenta tudo com o máximo de serenidade que consegue ter nas situações, e continua dia e noite absolutamente focado no seu objetivo: conseguir ser o melhor da turma no curso da empresa de corretagem e ganhar uma chance de emprego.
O que ele finalmente consegue, literalmente dando o sangue por sua meta (chega inclusive a doar sangue para conseguir uns trocados).
Por mais que eu tente, não há palavras que possam descrever a atitude de Chris Gardner por completo. É algo excepcional, de uma tenacidade que raia o desespero. Ele é o retrato da persistência, da perseverança, da resistência em face dos tormentos e tormentas da vida.
É um sonhador também, que nunca desiste de seu sonho: não só ser feliz, mas dar uma vida digna a seu filho, quando ninguém acredita nisso exceto ele mesmo.
É um filme difícil de ver, é como assistir uma fratura com nervo exposto. É se ver indo do céu ao inferno e não saber quando vai ser possível voltar ao céu.
Acho que um dos pontos mais impactantes para o espectador é o de descobrir o quanto se é sonhador e o quanto se doa ao seu sonho, sem abrir mão dele, numa comparação com o personagem na tela, exemplo perfeito disso.
Como disse um amigo meu: você saberá o que é sagrado para você quando você souber o que é aquilo sem o qual você não vive.
Eu começo com o sonho de ser feliz.
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