domingo, 4 de março de 2012

Três dias no século XIX

No feriadão do carnaval, passei alguns dias na Praia do Farol da Solidão, distrito de Mostardas-RS, na companhia de pessoas muito queridas.

A princípio, poderia ser ruim estar em um lugar sem energia elétrica, água encanada e os confortos advindos disso, como ter água na torneira da pia para lavar a louça ou tomada para recarregar os celulares.

Mas foi muito divertido estar tão longe dos benefícios da vida civilizada, embora estivéssemos a somente um quarteirão de distância (aqui vai um agradecimento especial à CEEE, que proporciona a essa rua dessa praia esse privilégio de não ter eletricidade desde sempre; aliás, no meu bairro, em Porto Alegre, basta soprar um ventinho mais forte com cheiro de chuva que a rede elétrica desaba).

Mas meu maior problema em ir para lugares desse tipo, realmente, mesmo com o momentâneo desconforto na casa,  é que vem em mim uma vontade quase irresistível de não voltar mais para o turbilhão de concreto da cidade. Até porque a água do mar estava uma delícia: bem geladinha; como diz um amigo meu, na temperatura exata para despertar o organismo.

Por isso nem vou me estender muito sobre o assunto, se não eu fujo correndo  de Porto Alegre.

Veja imagens do local, com a bomba manual para retirar água do poço e outras: