Pratico Zen Budo desde meados de 2008, e já aprendi muitas lições no exercício desta Meditação Física.
Mas a lição que tenho aprendido treino após treino ultimamente é fundamental: andar na linha tênue que fica entre a superação do medo e o controle da euforia.
Como o Zen Budo se originou de uma arte marcial, o Kinomichi, oriundo por sua vez do Aikido, por motivos óbvios guarda os movimentos dessa ou dessas artes marciais, embora não tenha o intuito de preparação para defesa/ataque (ou combate, se preferirem) que caracteriza as artes marciais orientais.
Dessa forma, a prática do Zen Budo leva o praticante, com o tempo, a expandir seu Ki, ou produz a expansão do Ki (Chi) nos praticantes.
A questão é que experimentar essa expansão dá uma sensação de euforia, até porque o primeiro Princípio Mestre do Zen Budo é a Limitação, e a superação da limitação do medo leva naturalmente à euforia, ao eu consigo, eu posso, e nasce dentro da mente aquela vontade de se lançar no tatame sem pensar.
E é aí que o praticante pode se machucar, se acontecer de se deixar guiar pelo orgulho, co-irmão da euforia, e realmente se jogar de qualquer jeito no tatame para executar um rolamento sobre si.
Principalmente que qualquer queda, ou baque, de mal jeito, tem consequências físicas imediatas, como qualquer praticante de arte marcial deve saber.
Assim, se treinar na superação do medo é fundamental, mas quando se chega aí, é preciso controlar a euforia, para não cair no pólo oposto e acabar se machucando, da mesma forma que pode acontecer quando estamos com medo e fraquejamos na hora da execução do movimento.
Como ensina o Budismo, o melhor é o caminho do meio, ou como diz um ditado nosso, nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Para saber mais sobre Zen Budo, confira o site, que tem textos e vídeos da prática.
Para conhecer Morihei Ueshiba, criador do Aikido, visite esta página do blog Vencer o Medo.