Quando surgiu o movimento em prol do Projeto Ficha Limpa, liderado pelo Dep. Federal Indio da Costa, eu dei meu total apoio, divulgando aqui e assinando as listas.
Fiz isso porque tive uma boa impressão do deputado em sua entrevista ao Jô Soares. E principalmente pela repercussão do Ficha Limpa e sua aplicação imediata, o que nos tem livrado já de muitos candidatos condenados pela Justiça.
Agora, fiquei muito surpreso quando Indio da Costa aceitou ser candidato a vice-presidente de José Serra nas próximas eleições. Aliás, todo mundo ficou surpreso, inclusive os correligionários de Serra.
Mas meu foco neste artigo é comentar o que aconteceu a partir daí, que foram as acusações e comentários do Indio da Costa com relação à candidata Dilma Rousseff e ao PT (que não vou reproduzir aqui, é óbvio, que meu blog não é penico pra coletar baixaria de candidatos).
Não que eu seja apoiador desta outra candidatura, longe disso, pois deixei de apoiar o PT quando o Lula autorizou, já em seu primeiro mandato, a taxação da importação de livros, depois de ter feito o apoio à cultura um de seus pilares de campanha (eu sou professor e escritor, pra quem não sabe).
O que me desgostou nesse candidato que tinha meu apoio, o Indio da Costa, foi sua postura de acusações, que nem me interessam se são ou não infundadas. Ora, se acusaram a Dilma Rousseff de não ter um projeto de administração para o Brasil, por que o Serra e o Indio não se preocupam em apresentar o programa de seus partidos para o Brasil, em vez de ficar jogando os adversários na lama?
Enquanto isso, nós, os possíveis eleitores, não sabemos nada ainda de como os candidatos pretendem administrar nosso país. E isso é única coisa que interessa. Suas picuinhas pessoais devem ser mantidas para si. E se não tiverem nada além de picuinhas pessoais a lançar na imprensa, que deem lugar a quem tem mais o que dizer e fazer.