quinta-feira, 3 de junho de 2010

Invasão da Synovate!



Recebi nos últimos dias pelo menos cinco ligações da Synovate, essa empresa de pesquisa, querendo fazer pesquisa sobre hábitos em supermercados.

Avisei desde o primeiro telefonema dessa série  que eu já havia respondido a uma pesquisa semelhante há pouco tempo, e que não estava obviamente disposto a fazer isso de novo. Falei isso nas cinco ou mais ligações. Mas continuam me ligando.

Agora chegaram ao desplante de ligar às 20:00 de sábado, caso de ontem à noite, e na tarde de domingo, agora há pouco, às 14:07.

Isso é invasão telefônica de domicílio! Desrespeito total.

Se já não bastasse eu ter avisado nos horários comerciais que já havia respondido à pesquisa e os funcionários da Synovate em Porto Alegre, se é que estão ligando daqui, pois já me ligaram de São Paulo, eles ligam fora de horários comerciais e em dias de descanso.

Ora, só porque eu trabalho em casa não quer dizer que estou disponível para quem quer que seja a hora que for.

Eu trabalho em casa exatamente para fazer meu próprio horário.

Agora, imagina, estou na porta pra sair para jantar com amigos no sábado á noite, e recebo um telefonema desses.

É o cúmulo do cúmulo da falta de respeito com a vida alheia.

Vão ligar pra mãe de vocês! Para o pai, para os irmãos, avós, cunhados, e quem mais a imaginação de vocês permitir.

Se eu não fosse um cara GENTIL, de nascimento e família, vocês teriam ouvido coisas diferentes. Mas com certeza há pessoas menos gentis pelo mundo! E eu deixo pra essas a tarefa de espelhamento, afinal, eu não ia estragar o MEU humor por causa dos outros!

Agora, quando é a gente que liga para as empresas, a gente fica um tempão esperando por atendimento, como foi o meu caso com a Brturbo, amplamente relatado por mim neste blog, que levou TRÊS MESES para cancelar o pagamento de um serviço que eu não pedi. E quando tentei reclamar na Anatel, NINGUÉM ATENDEU e tive que desistir de registrar essa apropriação indébita da BrTurbo, porque eles não me ressarciram dos valores cobrados INDEVIDAMENTE.

Mas quando essas empresas querem, simplesmente invadem o recesso do lar de qualquer família.

Esse é o capitalismo que domina o mundo, como está exposto no documentário The Money Masters (Os Amos/Donos do Dinheiro).

Estão se lixando para qualquer pessoa, desde que encham seus cofres de dinheiro.

Infelizmente, pra quem aposta na matéria, ela é finita, e disso nenhum de nós escapa: o pó ao pó volta.

E a única coisa que levamos do mundo é o bem que fizemos aqui, e não o bem que fizeram pra gente, pois esse é levado por quem o fez.

Neste capitalismo que não há adjetivo suficiente para caracterizá-lo,  eu prefiro ser mendigo a ser escravo.

Ainda mais quando o escravo tem que invadir o lar dos outros obedecendo a amos do dinheiro que estão se lixando inclusive para os próprios escravos, já que também são escravos desse mesmo esquema. São escravos escravizando escravos. Qualquer um que assistir o documentário The Money Masters (Os Amos/Donos do Dinheiro) vê claramente que a bancarrota do sistema financeiro mundial estava absolutamente prevista e vai continuar, até tudo mudar, pois não há sistema que se sustente com empresas como essa Synovate invadindo o lar alheio nos dias de recesso determinados pelo próprio capitalismo!

Não seguem as próprias regras de trabalho e repouso! É a incoerência roendo por dentro, como um micróbio, um vírus, até devastar o organismo. Em termos das bases estabelecidas pelo próprio capitalismo, isso é um suicídio mercadológico. E olhe que eu sou um mero professor de línguas, poeta, escritor e blogueiro, e não sei nem onde fica a faculdade de economia!

Vamos assistir a isso até o dia em que os reais produtores receberão o valor justo pela sua produção, em vez de meia dúzia que comandam os meios de produção ficarem com quase tudo sozinhos, sobrando apenas algumas migalhas para a maioria. E o pior de tudo que isto não é nem uma metáfora, pois o documentário The Money Masters (Os Amos/Donos do Dinheiro) mostra que isso acontece literalmente em termos de moeda corrente.